Descrição

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Se você meu caro leitor, é o tipo de pessoa que gosta de estar sempre bem informada e gosta muito da arte que nos proporciona saber oque houve há milhões e milhões de anos este é o seu lugar. O blog é novo então lhes peço que se encontrarem notícias importantes, textos, sobre a história, deixem os links para que eu possa ver e se considerar importânte para meus leitores, postarei-os para melhor lhes informar, que é o princiopal objetivo da nossa eterna amiga "a história".

Erasmo de Rotterdam

27 de Outubro de 1466 —Basileia, 12 de Julho de 1536

O maior dos humanistas europeus, o que encarnou suas características com mais plenitude, e ao mesmo tempo aquele que obteve mais fama e teve a influência mais extensa, foi o holandês, Erasmo de Rotterdam. Foi um grande escritor latino, que impôs um estilo de peculiar correção e elegância e teve imitadores e admiradores em toda a Europa, que sentiu por ele vivo fervor, Escreveu uma série de livros muito lidos em todos os países, em especial o Elogio da Loucura (Laus stultitiae), o Enquirídion e os Colóquios. Erasmo , apesar de seu contato com os reformistas, manteve-se dentro do dogma, embora seu catolicismo fosse tíbio e sempre mesclado de ironia e crítica eclesiástica. Erasmo, cônego e próximo do cardinalato, não deixou de ser um cristão, talvez de fé menos profunda que a do homem medieval, mas de espírito aberto e compreensivo. Com todas as suas limitações e seus inegáveis riscos, Erasmo,que representava o espírito de concórdia numa época duríssima e violenta, é o tipo mais acabado do homem renascentista.

Fonte: História da Filosofia, Julián Marías, Págs. 208-209, Epanha, 1941.

CONTO FANTÁSTICO: "Ronda"

“Ronda”

Assim como a neve que cobria os telhados das casas da Rua Sorieneflas não dava indícios de derretimento, os habitantes daquela região já não tinham tanta esperança de que aquele frio que o meteorologista havia dito ser passageiro fosse ir embora num espaço de tempo tão curto. Em situações como estas, os mais desprovidos de ocupações costumavam se reunir no bar do velho Jirgles, para jogar conversa fora e beber alguma coisa.
Embora há muito não morassem ali, o que sobrou duma fábrica daquele povoado ainda era chamado de “Eckenbarg”, exatamente o nome que tinha o antigo proprietário do que há muito foi uma fábrica de tecidos.
A verdadeira história da tragédia, ninguém sabia realmente qual era, pelo fato de ter sido repassada tantas e tantas vezes, de boca em boca, e quando faltavam assuntos nos bares do povoado, as pessoas ainda costumavam a citar a triste história da família Eckenbarg, criando uma nova versão, de acordo com o nível de embriaguez.

O ano era o de 1896, e o povoado de Village Town, era conhecido pela grande Fábrica de Tecidos, do Sr. Eckenbar, que nunca pôde ser chamado de homem sociável, ele sempre foi homem de poucas palavras.
Na fábrica, trabalhava no mínimo, 40 mulheres, que para quem perguntava, o Sr. Eckenbarg costumava dizer que era o segredo do seu sucesso: o carinho de suas funcionárias.
O Sr. Eckenbarg costumava levar sua única filha, Susan, de sete anos, para a fábrica aos sábados, e enquanto as costureiras costuravam, e o Sr. Eckenbarg fechava acordos, a doce Susan brincava entre as saias das costureiras, fingindo ser estilista, perdidas em fantasias e sonhos nunca realizados.
Porém, o que Susan nunca entendeu o porquê, era que sempre tinha um compromisso e precisava sair da fábrica em horário de trabalho (normalmente isso ocorria no final da tarde), o Sr. Eckenbarg fazia algo muito estranho, mas que ninguém exceto ele e sua filha sabiam: Sr. Eckenbarg chamava aquilo de ronda. Era o momento em que ele passava pelas grandes portas de ferro da fábrica que dava no grande pátio, onde as costureiras trabalhavam, trancando todas as portas com grandes cadeados. Ele assegurava Susan com um sorriso no rosto: “Isso é apenas garantia para que ninguém vá embora antes do fim do trabalho”.
Mas tudo mudou no dia 8 de março de 1897, quando no final de uma tarde de sábado, enquanto todos trabalhavam na fábrica, (ninguém nunca descobriu exatamente o motivo), houve um incêndio dentro do grande pátio, onde trabalhavam as costureiras.
Ao ouvir o alarme, em poucos minutos, o Sr. Eckenbarg chegava, e fora do prédio, a multidão já formada, podia ouvir os gritos que vinham das grandes janelas quadradas. Os bombeiros foram chamados, em pouco tempo a fábrica estava sendo invadida por eles, mal sabendo que seriam inúteis.
Sr. Eckenbarg ficou ali na porta esperando, seus olhos desfocados, esperando, mas nada. Aqueles foram os minutos mais angustiantes de todos os moradores do povoado de Village Town.
As chamas já subiam junto às cinzas que eram arrebatadas com uma violência tremenda pelas janelas. O céu daquele 8 de março ficou aterrorizantemente vermelho, era um clarão que podia ser visto de muito longe. A correria, o barulho das sirenes dos bombeiros chegando, os gritos de desespero, nada chegavam aos ouvidos do Sr. Eckenbarg, pois ele estava muito distante daquilo tudo.
Os Bombeiros saíram gritando: “Está trancada, está trancada!”





Já tinham tentado avistar rostos ou silhuetas das funcionárias, Susan... Mas o que antes foi uma imensa tecelagem era agora uma bola de escombros e cinzas. Nunca mais a fábrica, nunca mais os olhos de Susan.
Parado ali, o Sr. Eckenbarg ainda podia lembrar de destrancar as portas, abrir a fábrica, sentir o cheiro do verniz dos tapetes empoeirados, sair da fábrica e... Naquele dia, tudo voava pelo céu, como suas lembranças... Ele esperou, mas ninguém se salvou, ninguém mais conseguiu sair. Mais aquilo não era possível, ele ia entrar lá, ele precisava, o fogo estava acabando... Sua mente girava, o ar ficou rarefeito, uma sensação de morte fez saltar seu coração. Tudo ia ficando distante, quando, então, sentiu uma mão agarrar seu braço e te puxar para longe... Foi ficando fraco, tudo era escuridão e ele já não tinha poder sobre si mesmo.

Os poucos que tiveram coragem de visitar o Sr. Eckenbarg para o lugar onde ele foi sempre diziam que ao entrar no manicômio: “... a sanidade se esvai por entre as portas da loucura.”
Sr. Eckenbarg acordou alguns dias depois em uma cama hospitalar.
Depois de muitas visitas, os loucos daquele lugar já pareciam calmos, se comparados com a primeira vez que fui até lá. O Sr. Eckenbarg, no entanto, não parecia dar sinais de melhora. Desde a noite do incêndio, tinha os olhos fixos e distantes, imóveis como o resto de seu corpo, porém, com um ar sofrido, coisa que ninguém parecia saber interpretar.
Muitos pensavam que era por causa do prejuízo, mas não era isso... Foi sempre eu, desde criança, que acompanhei o Sr. Eckenbarg, desde criança, o que meu pai chamava de “ronda”. Ele sempre achou normal trancar os funcionários, dizia que tudo estava em segurança, tudo estava... Até aquela noite.

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