Descrição

Descrição

Se você meu caro leitor, é o tipo de pessoa que gosta de estar sempre bem informada e gosta muito da arte que nos proporciona saber oque houve há milhões e milhões de anos este é o seu lugar. O blog é novo então lhes peço que se encontrarem notícias importantes, textos, sobre a história, deixem os links para que eu possa ver e se considerar importânte para meus leitores, postarei-os para melhor lhes informar, que é o princiopal objetivo da nossa eterna amiga "a história".

Erasmo de Rotterdam

27 de Outubro de 1466 —Basileia, 12 de Julho de 1536

O maior dos humanistas europeus, o que encarnou suas características com mais plenitude, e ao mesmo tempo aquele que obteve mais fama e teve a influência mais extensa, foi o holandês, Erasmo de Rotterdam. Foi um grande escritor latino, que impôs um estilo de peculiar correção e elegância e teve imitadores e admiradores em toda a Europa, que sentiu por ele vivo fervor, Escreveu uma série de livros muito lidos em todos os países, em especial o Elogio da Loucura (Laus stultitiae), o Enquirídion e os Colóquios. Erasmo , apesar de seu contato com os reformistas, manteve-se dentro do dogma, embora seu catolicismo fosse tíbio e sempre mesclado de ironia e crítica eclesiástica. Erasmo, cônego e próximo do cardinalato, não deixou de ser um cristão, talvez de fé menos profunda que a do homem medieval, mas de espírito aberto e compreensivo. Com todas as suas limitações e seus inegáveis riscos, Erasmo,que representava o espírito de concórdia numa época duríssima e violenta, é o tipo mais acabado do homem renascentista.

Fonte: História da Filosofia, Julián Marías, Págs. 208-209, Epanha, 1941.

TRABALHO DE PORTUGUÊS: RESENHA IRACEMA


Resenha
Obra: Iracema
Autor: José Martiniano de Alencar (Ceará, 1829 - Rio de Janeiro, 1877)

O romantismo e o autor
A Independência do Brasil (1822) teve um impacto semelhante às revoluções que ocorreram na França. Esse impacto fez com que uma pergunta fosse colocada em questão: o que é ser brasileiro? Desde então, os escritores românticos se proporam a definir e expressar em suas obras a essência do brasileiro: selva, nação, povo, língua e costumes. A valorização das selvas deu origem ao romance indianista e histórico; dos campos ao romance regional; e das cidades ao romance urbano.
É nesse ponto que entra José de Alencar, escritor cearense, que sofreu influências da primeira fase do romantismo no Brasil. Com a exaltação à natureza, às mulheres, à pátria, e à religiosidade, Alencar se pôs a escrever obras que espremiam exatamente o conceito do romantismo da época. Ex: “O Guarani” (1857) e “Iracema” (1865).
José de Alencar faleceu no Rio de Janeiro em 1877, dando fim a uma carreira de sucesso. O Brasil perdeu um grande nome da literatura naquele ano.

Iracema
Iracema, a índia tabajara conhece Martim, quando ele se empenha na floresta depois de se perder de seus irmãos, Jacauna e Poti. Instintivamente, ao avistar o desconhecido, Iracema dispara sua flecha, fere Martim e logo após quebra a flecha em sinal de paz e leva o estrangeiro para as terras dos Tabajaras, que se localizava no interior do país, junto das grandes árvores densas. Na cabana do Pajé, Araquém, Martim será hospede, até que a vontade de voltar para a terra de seus irmãos, a terras dos Pitiguaras (outra tribo que habitava a região litorânea do país), fale mais alta.
Em uma noite, os traços de Iracema, seus olhas, seus cabelos escuros, fazem Martim pedir para ela que traga para ele a bebida jurema (cuja qual Iracema guardava o segredo, e só era permitida entre os habitantes da tribo). Mesmo podendo recusar, o encanto do estrangeiro falou mais alto e Iracema partiu para a floresta, de onde voltou com o licor, que Martim bebeu de um só gole. Naquela noite, nem mesmo Tupã seria capaz de separar aquele casal, unidos pelo desejo, amor e perigo.
Com a companhia de Caubi, irmão de Iracema, certa vez Martim parte, porém, encontram Irapuã, que declarou vingança à Martim por ter corrompido Iracema, sua amada. Pouco tempo depois, percebem que Poti veio ao encontro de Martim na taba dos Tabajaras. Iracema vai até ele e diz que com o nascimento da lua, haveria uma festa, e que se partissem naquela época, haveria mais facilidade. Mas não foi assim. Assim que se deram pela falta de Iracema e Martim, os tabajaras se enfureceram com a traição de Iracema pelo segredo que a tribo mais prezava, então partiram ao calcanhar de Iracema, Martim e Poti, para vingar a traição e a fuga.
Junto com os tabajaras, ouros pitiguaras chegaram ao encontro do trio de viajantes, e é travada uma batalha de vidas e mortes. Enquanto Poti bate vários guerreiros com o seu tacape, Martim e Caubi se encontram e travam a luta de vingança. Antes que a espada de Martim pudesse deter o tabajara de vez, Iracema clamou pela vida do irmão, Martim deixou-o, para que, pouco depois, partisse em fugida, junto com os poucos tabajaras que restavam. Iracema, Martim e Poti continuaram a viagem, e chegaram ao litoral, onde construíram uma cabana, Ali Poti contou a história de seu avô, o grande chefe Batuireté, que chegou na costa, expulsou os tabajaras que ali viviam, e levantou ali sua cabana. Ele ergueu a taba onde vive até aqueles dias, quando Poti poderia visitá-lo. Foram pois, e quando chagaram, avistaram a cabana do velho, e seu dono, que disse  “Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apagarem, o gavião branco junto da narceja.” antes de abaixar a cabeça e não dizer mais nada. Enfim descansou o velho chefe guerreiro na nação Pitiguara.
Certo dia, depois que Martim e Poti partiram para uma batalha, para proteger os pitiguaras, deixando Iracema mais uma vez sozinha, mesclando-se com a luz do sol, o guerreiro Caubi veio ao encontro de Iracema, cujo filho, Moacir já havia nascido. Pelo que entendo, em sua última aparição, na guerra travada entre os tabajaras e os pitiguaras, Caubi não foi morto. Martim só se defendeu e Iracema não disparou a flecha que assassinaria o irmão. Depois de permanecer um tempo com a irmã, Caubi partiu, deixando Iracema sozinha com o filho recém nascido.
Martim e Poti chegaram á cabana, e se depararam com Iracema caída à porta da cabana, triste, sem força e com o filho, Moacir mal seguro nos braços. Então, sem forças para mais nada, depois de tantos dias derramando lágrimas, os olhos negros de Iracema se fecharam para nunca mais se abrirem.

Conclusão
Alencar injetou em Iracema todas as principais características das obras literárias daquele período: natureza, formosura, liberdade, aventura, e selando a conexão de todos esses, com o amor.
Como o próprio Alencar escreve na carta endereçada ao amigo, Iracema é uma obra a ser lida em uma varanda, onde é possível avistar ao longe, o ponto em que as gramas se extinguem para se erguer as árvores, densas e majestosas, onde não é possível saber o que acontece naquele mundo, novo mundo, tomado à força.
As aventuras, a felicidade e a tristeza de personagens tão complexos, se mesclam à emoção do leitor, e saber o que virá a seguir não se torna apenas vontade; se torna desejo, é viver com Iracema e Martim, um amor proibido, que já não se vê mundo afora. É incrível, o fato de que sentimos em Iracema e Martim, um amor que só poderia ter sido vivido naquele período, pois nos dias de hoje, com toda essa globalização, todas essas terminologias e analogias, quem seria capaz de desfrutar de um amor puro e sem consequências?
Como? Como que, nesse mundo caótico de correria e informação, é possível sentar-se em uma cadeira de balanço, sentir a frescura do crepúsculo, e simplesmente, ler? Depois de um dia exaustivo, onde tudo que você tem a fazer exige todo o seu tempo? Onde o mínimo que a sociedade cobra de você é saber trabalhar, saber e trabalhar?
Na lenda que Alencar escreve, o seu principal objetivo é contar como que em meio a guerras, diferenças culturais, de raças e costumes, se ergue entre uma “brasileira” e um europeu, o verdadeiro amor, o primeiro cidadão cearense, Moacir, filho de Martim Soares Moreno, e Iracema, a virgem dos lábios de mel, o fruto de uma paixão proibida. O Brasil não é isso pois? A miscigenação? Várias culturas, de indivíduos de várias partes do mundo, unidas em uma população com os hábitos mais deferentes possíveis entre si?
Todo esse efeito se deve a um fator essencial: a Globalização. E se não fossem os nossos primeiros estrangeiros, portugueses, holandeses italianos, etc., que desembarcaram em nossas terras maravilhosas, nossos bosques com palmeiras, onde canta o sabiá, que com o passar dos anos, aqui imigraram, e em nossas terras se estabilizaram?
Concluo pois, esse breve texto com essas perguntas. Afinal, não é o que move os filósofos, as perguntas, afim de um dia, receber algum tipo de resposta?         

Um comentário:

Estamos sempre abertos para sujestões e críticas!! Dê sua opnião sobre o Blog !!